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terça-feira, 31 de julho de 2012

Hepatite a ameaça invisível.


O que é Hepatite?


Hepatite designa qualquer degeneração do fígado por causas diversas, sendo as mais frequentes as infecções pelos vírus tipo A, B e C e o abuso do consumo de álcool ou outras substâncias tóxicas (como alguns remédios). Enquanto os vírus atacam o fígado quando parasitam suas células para a sua reprodução, a cirrose dos alcoólatras é causada pela ingestão frequente de bebidas alcoólicas - uma vez no organismo, o álcool é transformado em ácidos nocivos às células hepáticas.
Tipos
Hepatite A: 

É transmitida por água e alimentos contaminados ou de uma pessoa para outra. A hepatite A fica incubada entre 10 e 50 dias e normalmente não causa sintomas, porém quando presentes, os mais comuns são febre, pele e olhos amarelados, náusea e vômitos, mal-estar, desconforto abdominal, falta de apetite, urina com cor de coca-cola e fezes esbranquiçadas. A detecção se faz por exame de sangue e não há tratamento específico, esperando-se que o paciente reaja sozinho contra a Hepatite A. Apesar de existir vacina contra o vírus da hepatite A (HAV), a melhor maneira de evitá-la se dá pelo saneamento básico, tratamento adequado da água, alimentos bem cozidos e pelo ato de lavar sempre as mãos antes das refeições.
Hepatite B e Hepatite C:
As hepatites B e C podem evoluir para uma cirrose ou até câncer de fígado

Os vírus da hepatite tipo B (HBV) e tipo C (HCV) são transmitidos, sobretudo por meio do sangue. Usuários de drogas injetáveis e pacientes submetidos a material cirúrgico contaminado e não descartável estão entre as maiores vítimas, daí o cuidado que se deve ter nas transfusões sanguíneas, no dentista, em sessões de depilação ou tatuagem. O vírus da hepatite B pode ser passado pelo contato sexual, reforçando a necessidade do uso de camisinha. Frequentemente, os sinais das hepatites B e C podem não aparecer e grande parte dos infectados só acaba descobrindo que tem a doença após anos e muitas vezes por acaso em testes para esses vírus. Quando aparecem, os sintomas são muito similares aos da hepatite A, mas ao contrário desta, a hepatite B e a C podem evoluir para um quadro crônico e então para uma cirrose ou até câncer de fígado.
Tratamento de Hepatite

Não existe tratamento para a forma aguda. Se necessário, apenas sintomático para náuseas e vômitos. O repouso é considerado importante pela própria condição do paciente.
A utilização de dieta pobre em gordura e rica em carboidratos é de uso popular, porém seu maior benefício é ser de melhor digestão para o paciente sem apetite. De forma prática deve ser recomendado que o próprio indivíduo doente defina sua dieta de acordo com sua aceitação alimentar. A única restrição está relacionada à ingestão de álcool. Esta restrição deve ser mantida por um período mínimo de seis meses e preferencialmente de um ano.
Prevenção:


A melhor estratégia de prevenção da hepatite A inclui a melhoria das condições de vida, com adequação do saneamento básico e medidas educacionais de higiene. A vacina específica contra o vírus A está indicada conforme preconizado pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).
A prevenção da hepatite B inclui o controle efetivo de bancos de sangue através da triagem sorológica; a vacinação contra hepatite B, disponível no SUS,conforme padronização do Programa Nacional de Imunizações (PNI); o uso de imunoglobulina humana Antivírus da hepatite B também disponível no SUS, conforme padronização do Programa Nacional de Imunizações (PNI); o uso de equipamentos de proteção individual pelos profissionais da área da saúde; o não compartilhamento de alicates de unha, lâminas de barbear, escovas de dente, equipamentos para uso de drogas; o uso de preservativos nas relações sexuais.
Não existe vacina para a prevenção da hepatite C, mas existem outras formas de prevenção, como: triagem em bancos de sangue e centrais de doação de sêmen para garantir a distribuição de material biológico não infectado; triagem de doadores de órgãos sólidos como coração, fígado, pulmão e rim; triagem de doadores de córnea ou pele; cumprimento das práticas de controle de infecção em hospitais, laboratórios, consultórios dentários, serviços de hemodiálise; tratamento dos indivíduos infectados, quando indicado; abstinência ou diminuição do uso de álcool, não exposição a outras substâncias que sejam tóxicas ao fígado, como determinados medicamentos. 


Dor de cabeça

A automedicação agrava as dores de cabeça crônicas

O organismo torna-se resistente aos analgésicos tomados indiscriminadamente

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia, treze milhões de brasileiros apresentam dores de cabeça diariamente, um número maior que o encontrado em outros países, como os Estados Unidos, por exemplo. Esse é um dado alarmante.
Dores de cabeça frequentes são chamados de cefaleias crônicas diárias. Uma cefaleia está crônica quando acomete o individuo no mínimo 15 dias por mês, há pelo menos três meses. Ou seja, a pessoa está tendo dor dia sim, dia não, ou mesmo, diariamente. As cefaleias crônicas mais comuns são a cefaleia tensional crônica e, principalmente, a enxaqueca crônica, e é dela que vamos conversar mais detalhadamente.

Por que uma enxaqueca pode se tornar crônica?

Dificilmente alguém começa seu quadro de enxaqueca com dor diariamente. Até porque a enxaqueca se inicia entre a infância e a juventude, e começa com crises mais esporádicas.
Muitas vezes as pessoas acreditam que essas crises são normais e se automedicam. Para muitos, as crises sempre serão espaçadas, mas para outros ela tendem a aumentar de frequência. Principalmente em situações de exposição a mais estresse, rotinas muito pesadas e sono insuficiente.
Para as mulheres, em razão de mudanças hormonais, como gestações e menopausa, as enxaquecas crônicas são bastante frequentes.

Como lidar com a enxaqueca crônica?

As pessoas costumam tomar analgésicos, aumentar as doses, depois ir trocando os tipos, pedir dicas para amigos, parentes e balconistas de farmácia sobre analgésicos mais potentes. Quando chegam ao especialista a dor já é diária, e a lista de analgésicos que já não resolvem mais é grande.
Isso acontece por vários fatores. Dificuldade em encontrar um especialista para seu diagnóstico e tratamento corretos, banalização da dor, desconhecimento de que existe tratamento para enxaqueca e a crença na automedicação.
O uso excessivo de medicações analgésicas é hoje a principal causa da enxaqueca crônica. Analgésicos são medicações necessárias e excelentes para o tratamento das crises de dor aguda. O problema é a forma indiscriminada com que se usa, sem um diagnóstico e orientação médica adequada.
O organismo vai se acostumando ao medicamento de uso contínuo e perde, cada vez mais, seus próprios mecanismos de regular a dor. E sem o analgésico a dor vem mais forte, e mais analgésico precisa ser utilizado.
É um ciclo vicioso e perigoso, muitos pacientes tem que ser "desintoxicados", ou seja, todos os medicamentos utilizados são suspensos, para que o tratamento que vai prevenir a dor crônica funcione.
Dor de cabeça crônica se trata com medicações chamadas preventivas, que tomadas diariamente, vão evitando que as dores sejam tão frequentes, e também que fiquem intensas. Com o auxílio de um especialista, o preventivo vai ser indicado caso a caso, após avaliação detalhada de cada paciente.
A maioria dessas medicações são tomados via oral, mas também podemos lançar mão de acupuntura, orientações de rotinas e exercício físico regular, e mais atualmente, da toxina botulínica, já que seu uso foi recentemente indicado especialmente para pacientes com enxaqueca crônica.
Diga não à automedicação. Caso você tenha crises de dor de cabeça frequentes, procure um médico. 

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Obesidade Infantil

Foi-se o tempo que criança saudável era criança gordinha. Hoje o cenário é assustador: a obesidade atinge 15% dos pequenos, que estão expostos a riscos de gente grande. 


A falta de exercícios e a alimentação inadequada são os grandes culpados pelos quilos a mais. Só para se ter uma ideia, quando o pequeno devora um pacote de bolacha na hora do lanche, está ingerindo o equivalente a uma refeição completa em calorias. 


Os prejuízos são enormes: além do impacto na autoestima, aumenta a chance de problemas ortopédicos, de infecções respiratórias e de pele, de cirrose hepática por excesso de gordura depositada no fígado - a chamada esteatose.


 Pior: uma criança obesa em idade pré-escolar tem 30% de chances de virar um adulto rechonchudo. O risco sobe para 50% caso ela entre na adolescência gorda.


Explica-se: as células adiposas vão ficando cada vez mais recheadas de gordura até que estouram e se multiplicam fenômeno mais comum justamente no primeiro ano de vida e na adolescência. Reverter o quadro depende basicamente de uma coisa: reeducação alimentar.

Os cientistas identificaram oito fatores que podem levar à obesidade a partir dos 7 anos:


1. Mães que engordam demais durante a gravidez podem gerar bebês com mais tendência à obesidade.
2. Crianças com peso e altura acima da média entre 8 e 18 meses têm maior propensão ao problema.
3. Ao completar um ano, o bebê não deve pesar mais do que o triplo do que tinha ao nascer.
4. Também não deve crescer mais do que 25 centímetros no primeiro ano.
5. Bebês que dormem pouco ficam mais cansados e fazem menos atividades durante o dia, facilitando o acúmulo de gordura.
6. Crianças com mais de três anos que ficam mais de oito horas por semana na frente da TV.
7. Aparecimento de gordurinhas localizadas antes dos quatro anos.
8. Pais gordos: além da genética contra, os filhos podem imitar seus hábitos.
Como anda a balança do seu filho?

Nas crianças, o IMC isolado não é o melhor parâmetro, pois o rápido crescimento e as oscilações de peso e altura não permitem uma avaliação precisa. Mas estes valores servem de referência.